Eduard C. Lindeman (1885 -1953) foi um educador americano, notável por suas contribuições pioneiras na educação de adultos. Ele introduziu muitos conceitos da moderna educação de adultos no livro, O Significado da Educação de Adultos.Eduard Christian Lindeman nasceu em St. Clair, Michigan, um dos dez filhos de pais imigrantes alemães. Órfão desde cedo ganhou experiência de trabalho em vários trabalhos. Aos 22 anos entra no Michigan State College onde apesar da sua fraca formação forma se destacou como ensaios sobre o desenvolvimento comunitário tendo sido um dos primeiros exploradores do trabalho em grupo e trabalhou para estender a educação popular.
Ao trabalhar com jovens adultos desenvolveu um pioneiro trabalhos de transdisciplinaridade, onde aproveita os saberes dos jovens para consolidar as suas aprendizagens.
No campo da sua filosofia da educação, sofre contribuições de John Dewey; do teólogo dinamarquês N. F. S. Grundtvig; e o escritor / filósofo Ralph Waldo Emerson. Grundtvig desenvolveu um sistema educacional não-curricular na Escola Folclórica Dinamarquesa.
Amigo e colega de John Dewey, Lindeman compartilhava com ele a preocupação com a justiça social, a crença nas possibilidades da educação e da ação humana e um profundo compromisso com a democracia. Suas principais suposições sobre os alunos adultos foram:
- Os adultos são motivados a aprender à medida que experimentam necessidades e interesses que a aprendizagem irá satisfazer.
- A orientação dos adultos para a aprendizagem é centrada na vida.
- A experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem de adultos.
- Os adultos têm uma necessidade profunda de serem autodirigidos.
- As diferenças individuais entre as pessoas aumentam com a idade.
A visão de Lindeman para a educação não era limitada por salas de aula e currículos formais. Envolveu uma preocupação com as possibilidades educacionais da vida cotidiana; ideais não vocacionais; situações não sujeitos; e a experiência das pessoas. Ele via a educação como vida.
Toda a vida é aprendizagem, portanto a educação não pode ter fim. Lindeman defendeu que o sistema acadêmico tinha sido criado numa ordem inversa, sendo os alunos elementos secundários, dum sistema de primeiro definia disciplinas, e formava professoras, para uma ação educativa sitemática.
Segundo Lindman, na educação tradicional, aluno tem que se adaptar a um currículo estabelecido. Isso leva-o à proposta de fundamentar a educação de adultos na construção dum currículo a partir das necessidades necessidades e interesses dos alunos.
São princípios da sua educação:
- A educação deve ser concomitante com a vida
- Deve girar em torno de ideias não acadêmicas e não vocacionais
- Deve começar com a vida dos alunos
Deve considerar a própria experiência do aluno como seu recurso mais valioso
Vale apena salientar que Lindeman não opunha a educação de adultos à educação dos jovens, mas sim à educação “tradicional” na escola.Com isso defendia que também os jovens podem aprender melhor quando suas necessidades e interesses, situações de vida, experiências, conceitos e diferenças individuais são levados em consideração na sua aprendizagem.
Defendeu que numa sala de aula a experiência do aluno conta tanto quanto o conhecimento do professor, que ambos aprendem e que cabe aos desfavorecidos promover a sua própria educação. Nas suas leituras sobre o poder foi influenciado por Mary Follet – defendendo a colaboração dos atores na sua própria formação, ao invés de afirmar modelos de poder externos À comunidade. Lidermann é também um interessado autor sobre o desenvolvimento das comunidades.
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