Paul Goodman (1911-1972) foi um autor americano muito conhecido na déca de 1960 pelo seu trabalho de crítica social. Aderente das ideia libertária foi um dos fundadores do movimento Gestalt em Nova York. A gestalt defende a responsabilidade de si mesmo e a experiencia de si em contexto. Foi um pensadore relevante na contra cultura nova-iorquino e da contestação à militarismo e autoritarismos, sendo um dos impulsionadores do movimento da “Escola Livre”. No seu sistema de pensamento considera como fundamento o desenvolvimento do potencial humano.

O seu livro de 1971 “ A deseducação obrigatória” critica o excesso de educação nas escolas. Quanto mais educação se recebe, menos educação se alcança. Segundo Goodman, as discussões e propostas educativas tem por bae a necessidade de alocar mais recursos à escola, como atualizar as escolas. Defendeu então que isso não passa duma superstição. Duma crença em que a educação apenas pode ser alcançada através da escola.
Contrapropõe que ao invés de sujeitar a juventude a intensas cargas de aprendizagem institucionalizada, que os leva a condicionar e distorcer o seu desenvolvimento intelectual natural, tornando-os hostis à própria ideia de educação e, criando cidadãos competitivos e agrilhoados ao consumo, o que produz um agravamento das condições sociais; é necessário um maior envolvimento nos padrões naturais de aprendizagem da família e da comunidade e do tipo de relacionamento promovido em situações de mestre-aprendiz.
O grande desafio não é como ensinar a ler, mas por que algumas crianças não aprendem a ler. Parte do princípio que dado o elevado nº de horar que estão nas escolas, qualquer criança da cidade deveria aprender espontaneamente a leitura e a escrita. Será o ir à escola que o impede –por quebrar as aprendizagens espontâneas e pelo sistema de punição e recompensa.